domingo, 4 de agosto de 2013

Rascunho de nada

Hoje li um texto sobre lutar pelo amor. Era do Fabricio Carpinejar e não foi gostoso ler.
Sempre lutei pelo que quis. É clichê e é verdade: aprendi a lutar kung fu, trabalhei nos maiores jornais do país (eu sonhava desde de criança em trabalhar na Folha), fui casado 11 anos, corri a São Silvestre (sem caminhar), escrevi um livro, vivi como bon vivant por meses (só faltou queimar dinheiro), tomei muito fora de gatinhas, mas pelo menos elas sempre souberam que eu tava a fim.
E lutar por amor entra onde?
O texto do Fabricio Carpinejar esfregou na minha cara a maior covardia da vida, a covardia que, de tão covarde e triste, inspira (é muito sentimento): eu não tenho coragem de lutar por amor.
Fui casado 11 anos. Fui feliz. Nunca enjoe de felicidade: a falta de felicidade dói. Agora o amor acabou e eu não lutei.

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